O que é Everland? É óbvio que Everland é o contrário de Neverland. Neverland, a terra do Peter Pan, o rapaz que voa, que sorri e que nunca cresce, representa muito daquilo que parece ser impossível de alcançar aqui (em Everland, portanto). A imagem podia ser outra que não Neverland se o significado fosse o mesmo. E não vem ao caso porquê Neverland, se bem que voar e sorrir têm alguma coisa a ver com a escolha.
Everland e Neverland representam por isso o desconforto de viver por aqui e a incapacidade de fugir desse desconforto enfrentando as consequências que daí advêm.
Quantas vezes, não se vacila entre uma estrada (para o laranjal?) que, supostamente, pode ser o tal caminho? Mas os constrangimentos impostos por Everland vencem e o caminho é o do costume.
Everland e Neverland é também (e possivelmente acima de tudo) o conflito entre o instinto e a organização social em que se nasce, se cresce e presumivelmente se morre. E duvido, cada vez mais, que sejam coisas compatíveis. Quantas vezes não desejámos aquele sorriso que nos magoa de tão belo, mesmo sabendo que mais tarde desejaremos nunca ter desejado ter visto tal sorriso? Neverland e Everland.
Talvez Neverland seja como o outro lado da rua, impossível de alcançar. O problema é que tal como o outro lado da rua, vê-se ou sente-se. Está sempre ali (como no sonho) mas não há maneira de lá chegar. No fundo, Neverland tem a ver com a manutenção da capacidade de sonhar. Everland tem mais a ver com a responsabilidade de sonhar. Essa eu gostava de não ter.
Everland e Neverland representam por isso o desconforto de viver por aqui e a incapacidade de fugir desse desconforto enfrentando as consequências que daí advêm.
Quantas vezes, não se vacila entre uma estrada (para o laranjal?) que, supostamente, pode ser o tal caminho? Mas os constrangimentos impostos por Everland vencem e o caminho é o do costume.
Everland e Neverland é também (e possivelmente acima de tudo) o conflito entre o instinto e a organização social em que se nasce, se cresce e presumivelmente se morre. E duvido, cada vez mais, que sejam coisas compatíveis. Quantas vezes não desejámos aquele sorriso que nos magoa de tão belo, mesmo sabendo que mais tarde desejaremos nunca ter desejado ter visto tal sorriso? Neverland e Everland.
Talvez Neverland seja como o outro lado da rua, impossível de alcançar. O problema é que tal como o outro lado da rua, vê-se ou sente-se. Está sempre ali (como no sonho) mas não há maneira de lá chegar. No fundo, Neverland tem a ver com a manutenção da capacidade de sonhar. Everland tem mais a ver com a responsabilidade de sonhar. Essa eu gostava de não ter.
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