Desabafo!!!

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

SE ao menos pudesse telefonar para saber se no sitio onde estás te encontras bem...se ao menos soubesse que esse sítio existe... se ao menos soubesse que nos olhas a todos...
No fundo vivo na ignorância e no sofrimento que o teu desaparecimento deixou...

R.I.P EStrela...StillLU

dois dedos de conversa...

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Ela: Eu aos 14 ou 15 anos não sabia o que era a vida!
Ele: (no seu pensamento até parece que agora sabes nem eu com 27 anos sei o que é, quanto mais tu com 20... mas xxaaarrraaannn ideia luminosa).
Ele:Eu acho que sei o que é a vida!
Ela: sabes? então o que é?
Ele: é um misto de emoções regado a álcool, muito álcool...
E lá foram os dois felizes da vida com um sorriso na cara.

Everland

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Os porcos esventrados estavam pendurados no corrimão. Os sapatos colavam-se ao chão, naquela mistura de sangue e insectos mortos. Pestilento. Corríamos, esperando escapar aquelas figuras temíveis que nos perseguiam. Sabíamos que nos comeriam as vísceras pelo crime que cometemos. Lembrei-me da História do Beco que um amigo costumava contar. Aí o pai do Tomás, surdo, enfrentava um cenário parecido. Subimos as escadas com a velocidade possível. Talvez durante a ascensão fosse possível deixar para trás a sombra, tal qual o Peter Pan. Talvez no cimo da escada fosse possível embarcar para Neverland e deixar para trás aquela atmosfera pesada, medonha. Olhei para ti, já tinhas perdido o "passo inseguro" mas ainda se via o "paraíso no teu olhar". A subida continuou, já se vislumbrava o barco...fomos apanhados. Ninguém nos tocou. Trouxeram-nos de volta aquela coisa mesquinha de onde fugíamos. Estivemos quase lá. Ficámos a saber que o navio estava mesmo lá e o destino era Neverland. Existe mesmo. Fica para a próxima...

Deixa-te ir...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Para o meu camarada Dead Man1 que eu sei que ele gostou ... Abraço!!!



Surpresa ... não é berros nem barulho...

Ornatos Violeta

Para afastar os devaneios eróticos do nosso amigo Dead_Man_26_11_06, aqui fica uma mostra daquela que é na minha opinião a melhor coisinha que o rock português produziu: Ornatos Violeta. Do álbum, "O Monstro Precisa de Amigos", "Chaga".

Enfim...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

"E quando vejo o Bambi na televisão em vez de chorar fico com tesão"

Domingo um dia de Ressaca...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Bem sei que hoje é segunda-feira...

A ressaca é uma síndrome, um conjunto de sintomas, que indica que houve uma intoxicação causada pela ingestão excessiva de álcool. As características mais comuns são: tremores, enjôos, dor de cabeça, fadiga combinadas com a redução na concentração e velocidade de pensamento e raciocínio. Esses sintomas são decorrentes de uma série de alterações no corpo, especialmente no fígado, cérebro, coração, rins e sistema nervoso.

MAs foi bom saber que mesmo com ressaca tenho erecções... por isso, não é tudo afectado!!!

My Bloody Valentine

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Atendendo ao dia e porque estamos na onda de postar aqui uns videozitos...My Bloody Valentine

Penguin Cafe Orchestra

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Voltemos então aos antípodas. Desta vez fica uma pequena amostra dos Penguin Cafe Orchestra (uma coisa que gosto de ouvir quando estou emocionalmente nos antípodas de quando oiço Jeff Buckley). Para não variar, o cérebro dos Penguin Cafe Orchestra, Simon Jeffes, também já morreu pelo que, quem não os viu (com Simon Jeffes) também já não vai ver - um dia destes escrevo qualquer coisa sobre outro Dead Man, David McComb o incontornável líder dos Triffids. Eu tive o previlégio de ver os Penguin Cafe Orchestra na Aula Magna em 1995 e posso dizer-vos que foi do melhor que vi até hoje. Aqui ficam então duas pequenas amostras.



Concerto!!

Caros Camaradas de blog... o concerto ontem foi bom, eu diria muito bom mesmo.
Fiquei surpreendido com a segunda banda Suicide Silence... nunca os tinha visto, nem se quer conhecia a banda, o facto curioso é que o vocalista parecia o Bruno Nogueira a guinchar que nem um porco.
O meu medo nos concertos deste tipo de bandas é o som, mas ontem esteve impecável.
Os cabeças de Cartaz Behemoth estiveram em alto nível.
E para alegria do povo esta quinta temos mais um concerto, não de Black metal mas de Grindcore.
A banda cabeça de cartaz é Brutal Truth (http://www.brutaltruth.com/brutal_truth/), uns rapazes de Nova york que se voltaram a reunir para uma tour de bailarico ao longo da europa e outros continentes.
Mas o que me entusiasma também é o facto da banda portuguesa de grindcore Namek (http://www.myspace.com/namekgrind) ir abrir este concerto, já os vi ao vivo e gostei.
Bem sei que isto não é o estilo musical do pessoal do blog, mas mais uma vez deixo o convite para amanhã dia 14 de fevereiro, quem quiser aparecer é mais um para o headbang.
E como aqui me dão a conhecer coisas novas, diferentes e bonitas também eu vou deixar aqui um cheirinho destas duas bandas... que de bonito não têm nada.
Abraço camaradas!!!

Brutal truth



Namek

Cristina Branco

Não! Não é um convite para um concerto (infelizmente) e também não se trata de uma banda de black metal. Nos antípodas disso. Digam lá que esta sra. não é absolutamente ... (desculpa!!!)



A puta da vida II

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Há mais de 20 anos escrevi isto. Por isso mesmo tem os defeitos da idade. Escrevi-o num pedaço de papel e desapareceu. Miraculosamente apareceu agora. Não sei porquê pareceu-me adequado o momento. É uma história daquelas que acabam mal. Acontece a todos AMIGO.

Dança dos Corpos Nus

Os nossos corpos dançavam
As ondas batiam lentamente
E os lábios que se tocavam
E as mãos que se apertavam
Ávidas da semente
E o mar batia repetida e tristemente
As estrelas, essas brilhavam
E os nossos corpos dançavam

Nus, eles dançavam
Envoltos numa névoa de alegria
E as estrelas, essas brilhavam
As ondas aumentavam
E o mar agora, rugia
“Vai nascer um novo dia”
As mãos desesperavam
E os nossos corpos dançavam

Nus, eles dançavam
Até a Lua adormecer
Quando as estrelas já não brilhavam
E ondas fortes gritavam
“Está aí o amanhecer
Acordem! O vosso sonho vai morrer”
Os sexos desesperavam
E os nossos corpos dançavam

Nu, o meu corpo dançou
Até á última nota, ao último gemido
A noite nunca mais poisou
Nem uma estrela mais, brilhou
E ondas…em ruído
“Esse amor está perdido”
O sangue, esse gelou
Mas o corpo ainda lutou

E nus, eles ficaram
Frios…
Sentados esperaram

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Boas Caros camaradas do blogue!!!
É só para avisar que amanhã é dia de concerto, e venho aqui deixar um convite ehehehehe...
Para quem gosta de Black Metal, amanha por volta das 20h no cine-teatro do Ginásio Clube Corroios vai actuar a Banda polaca Behemoth (http://www.behemoth.pl/).
E não, Black Metal não é o meu género musical preferido, mas estes rapazes no seu estilo são do melhor que há e lá vou eu mais uma vez extravazar demónios interiores. E aqui deixo um cheirinho de Behemoth.



Espero que gostem ou detestem ehehehehehe. Abraços

Histórias de Lobos

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Portugal de há 50/60 anos era bem diferente do de hoje. Não havia internet e portanto eu não poderia escrever esta história aqui. Mas não haviam muitas outras coisas. Outras por sua vez, nunca mudaram. Por essa altura os filhos dos nossos avós, não recebiam o tratamento que nós concedemos aos nossos filhos nem tão pouco o tratatmento que os nossos pais nos deram. Todos sabemos que deve ter sido bem diferente. Pois bem, esta é uma história bem simples do quotidiano de um português típico no final dos anos 40 (no pós-guerra, portanto). Era 9.30 da noite. A aldeia preparava-se para adormecer. Na verdade quase toda a aldeia. O Sr. Manuel preparava a sua junta de vacas, a Morena da direita, sempre dourada e a Mourisca, a da esquerda, sempre mais escura - religiosamente as vacas eram compradas com este critério e ensinadas a trabalhar á esquerda ou á direita consoante a sua coloração. Tinha um carregamento para entregar numa cidade a 40 km, o dinheiro era precioso, já naquele tempo e a noite era um tempo que havia que aproveitar. Preparava-se para partir. O seu primogénito estava de férias da escola, havia passado para a 3ª classe com muito boas informações da professora. Era a companhia ideal para a viagem. Preparavam-se os dois para partir. Haveriam de viajar umas três horas até uma quinta que ficava no caminho. Aí pernoitariam num local abrigado que encontrassem. Diziam as lendas que os kilómetros seguintes eram perigosos pois um perigoso bandido, Dom Fuas Roupinho, costumava vaguear por aquelas bandas.Partiram, sentados na carroça, com o Sr. Manuel ao comando. A junta seguia os trilhos iluminados apenas pelas estrelas, virando á esquerda ou á direita sempre por resposta á voz do comandante: "xó Morena"! E o conjunto deslocava-se para a direita desviando-se daquele afloramento granítico que se atravessava na quelha. Passadas algumas horas, chegaram enfim ao local escolhido para pernoitar. Estenderam as mantas, acenderam o lume e o Sr. Manuel contava ao filho histórias de lobos num tom ternurento, raro, que a vida dura não lhe permitia esses desvarios muitas vezes. Eis que nesse momento, vindos do nada três enormes lobos se aproximam do local. Seguiram-se momentos de grande tensão. Os lobos obviamente estavam mais interessados na junta de vacas do que no Sr. Manuel e no seu filho. Aquele cabia proteger o menino mas também a junta, afinal tratava-se do seu ganha pão. Os lobos e o homem trocaram olhares receosos. Ele pegou no seu machado na esperança de poder conter qualquer investida dos animais. Eles rondaram o local, uma e outra vez, sempre a uma distância segura. Por fim afastaram-se. O menino assustado acabaria por adormecer algum tempo depois vencido pelo cansaço. O Sr. Manuel, esse, passaria a noite toda com um olho aberto e outro fechado, não fossem os lobos voltar. No dia seguinte prosseguiriam a jornada. O menino não mais voltaria a ver lobos. Daí a 2 anos iria para a cidade, aprender um ofício que a vida do campo não era o desejo dos seus pais. O Sr. Manuel esse contiuaria a sua vida. Hoje um chão para lavrar, amanhã uma carga de palha para transportar. Por muitos anos foi assim. Portugal era bem diferente nesse tempo.

Rios

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Os rios nascem habitualmente nas montanhas e assumem a forma de pequenos riachos ou barrancos. Pouco caudalosos, estreitos e frequentemente turbulentos. No seu percurso encontram outros pequenos riachos a quem se juntam e com quem convivem. Á medida que o seu leito vai perdendo inclinação, tornam-me menos tumultuosos, crescem em volume de água, enfim tornam-se adultos. Na maior parte das vezes, encontram outro rio igualmente mais tranquilo com o qual partilham o percurso. Aqui e ali um ou outro riacho ou barranco junta-se aos rios que correm então lado a lado. Mas, por vezes o leito ganha alguma inclinação e estreita. Subitamente o percurso torna-se tumultuoso de novo, formam-se os rápidos e em casos extremos as quedas de água. Em geral são espectáculos deslumbrantes, mas logo de seguida o rio volta ao seu percurso pachorrento. Finalmente aproxima-se a foz. Imediatemente antes da o rio desemboca num estuário onde lentamente de espraia até ao mar. Finalmente o rio diluí-se e desaparce. A sua água, um dia será chuva de novo, voltará a correr por um qualquer leito de forma tumultuosa, calma, pontualmente tumultuosa e por fim chegará de novo ao mar.