O regresso (de Pan?)

quinta-feira, 17 de julho de 2008

A estrada levava-o a um laranjal (talvez a forma de Neverland há 20 anos). Descobriu todas as entradas para lá. Arquitectou todas as maneiras de lá entrar. Mas a verdade é que nunca lá entrou. A estrada era longa. De cada vez que se fazia á estrada, escolhia bem a música que ia ouvir. Cada traço no asfalto era como se fosse reviver um dia do passado. A música subia de intensidade, os traços passavam cada vez mais depressa. Enfurecia-se. Quando lá chegava só queria voltar para trás e confrontar o passado. Que importava o laranjal?
Passaram 20 anos. Conseguiu deixar o vício. Esse vício horrível de confrontar o passado. Reaprendeu e recuperou tudo. Agora estranham-no. É aceitável mas... não o mandem de volta!

0 comentários: