...Shelley

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Teria para aí os meus 13/14 anos quando o meu pai me ofereceu um livrito intitulado "Os 20 maiores poetas de sempre". Li e reli as biografias dos senhores vezes sem conta. Adoptei como os meus preferidos, Shelley, Lord Byron, Dante e François Villon (por esta ordem). Mais tarde juntaria Keats e Coleridge ao grupo. Está bom de ver que Shelley foi sempre um dos meus heróis. As biografias eram, acima de tudo românticas, embora talvez pouco realistas. Recentemente reli várias biografias de Shelley e notei que há um detalhe que aparece em todas. Ao que consta o seu coração foi retirado da pira pelo seu amigo Trelawny e entregue á sua mulher (Mary Shelley, a autora de Frankenstein) que o conservou para sempre. Não sei se é verdade ou não, mas a imagem é bonita. O coração de Shelley devia ser mesmo especial e merecia certamente tal honraria, embora nem todos pensassem assim, a avaliar pelo que foi escrito num jornal da época - "Shelley, the writer of some infidel poetry, has been drowned, now he knows whether there is a God or not" (os conservadores nunca mudam).

0 comentários: