1. Teísta Convicto, 100 por cento de probabilidade da existência de Deus. Nas palavras de C.G. Jung «eu não acredito, eu sei.»
2. Grande probabilidade, mas aquém dos 100 por cento. Teísta de facto. « Não posso ter a certeza, mas acredito firmemente em Deus e vivo a minha vida no pressuposto de que ele existe.»
3. Acima dos 50 por cento, mas não muito elevada . Tecnicamente Agnóstico, mas a tender para o teísmo. « Estou muito indeciso mas inclinado a acreditar em Deus.»
4. Exactamente 50 por cento. Agnóstico completamente imparcial. « A existência e a não existência de Deus são exactamente equiprováveis.»
5. Abaixo dos 50 por cento, mas não muito. Tecnicamente agnóstico, mas a tender para o ateísmo. « Não sei se Deus existe mas inclino-me para o cepticismo.»
6. Probabilidade muito baixa, mas acima de zero. Ateu de facto. « Não tenho a certeza, mas acho muito improvável Deus existir e vivo a minha vida no pressuposto de que não existe.»
7. Ateu convicto. « Sei que Deus não existe, com a mesma convicção com que Jung "sabe" que existe.»
Retirado da Obra A Desilusão De Deus de Richard Dawkins.
Qual é o teu marco???
Os 7 Marcos!!!
Publicada por Morteélibertação à(s) 22:38 1 comentários
"My Sweetheart the drunk"
Ouvir Jeff Buckley não é fácil, pelo menos para mim. É preciso estado de espírito. Tudo me transporta para uma melancolia a roçar o desespero. Buckley tem uma doce melancolia que transparece por exemplo numa das melhores canções que alguma vez ouvi (Last Goodbye)
This is our last goodbye
Last Goodbye – Jeff Buckley
Meet me tomorrow night
Morning Theft – Jeff Buckley
Vancouver – Jeff Buckley
Stay with me under these waves, tonight
Nightmares by the sea – Jeff Buckley
Publicada por Dead Man 1 à(s) 12:34 0 comentários
Os homens
Afinal não eram da asae.
Publicada por Cressélia à(s) 17:22 0 comentários
Estética Fúnebre
Já que o lucubre está a marcar o estilo da coisa, falemos de estética fúnebre. É um tema pouco debatido, basicamente porque temos receio dele, fica-se mais perto da morte e isso assusta. Falar sobre decorações funebres é também considerado um acto de mau gosto, daí não ser de espantar o mau gosto global dos nossos cemitérios. É evidente que ninguém diz nada, ninguém comenta que a campa de A tem imenso estilo e que a lápide de B é muito vulgar, ...Como os defuntos habitantes aceitam todo o tipo de ornamentos sem um murmúrio que seja, torna-se um tema de fraca discussão.
Correndo o risco de ser criticada, eu diria que aos falecidos não é dada paz ao nível estético e que a dignidade, discrecção e bom gosto da morte deixam cada vez mais a desejar face aos ornamentos, berloques e pequenos gadgets funerários que se podem encontrar por essas campas fora. As lojas dos chineses, com o seu habitual sentido de oportunidade, são um dos melhores fornecedores a este nível. Velas que não se apagam, anjos a pilhas, corações catrapiscantes e flores tão lindas que até parecem de plástico (as artificiais são agora aconselhadas pelos movimentos ecológicos), cruzes com leds e santinhas fluorescentes contaminam as campas, a dignidade e a elegância sóbria que deveria caracterizar o sítio. Aplacam-se os defuntos como se faz tudo o resto: de forma quantitativa e consumista, cedendo às pressões do modelo mais recente e à inveja da campa da vizinha. Tratam-se as campas como se fossem as casinhas dos mortos, com naperons e paninhos do pó e bibelots. É uma brincadeira num Portugal dos Pequeninos funerário onde falecidos e falecidas são tratados como monos ou miúdos amuados sem vontade de brincar. Sem dignidade e sem espírito de homenagem. Sem respeito e sem reflexão. Ostentatória para os vivos e esvaziada para os mortos. Até há cemitérios virtuais para.... não sei para quê.
Penso que a morte merece mais: há uma paz, um silêncio, uma sobriedade, um monocromatismo a manter. Há uma distância entre vivos e mortos que deve ser respeitada. Temos de aceitar o estado de perfeição e plenitude dos que cumpriram o ciclo e rendermo-nos a essa perfeição e contemplá-la. Rendermo-nos à nossa menoridade e não perturbar o regresso ao pó sereno, a calma fusão dos carbonos, a tranquilidade da terra, doce descanso, paz eterna. Há um Requiem em formato acústico que tem ser ouvido porque a lingua dos mortos não tem palavras. Há um despojamento para ser praticado, para ficarmos mais perto do nada. Um pensamento em silêncio, sem ninguém saber, mais que merecida homenagem, a mais verdadeira de todas. É aqui que reside a beleza da morte. É esta a estética funebre que aprecio.
Publicada por Cressélia à(s) 10:40 0 comentários
A puta da vida
Ela, um pouco mais velha frequentava já os últimos anos da Universidade. Ele era mais jovem. Conheceram-se. Ela chegou ao fim daquela estrada, um novo cruzamento. Tomou o caminho da docência, ele prosseguia lentamente o seu trilho. Apaixonaram-se. Por algum tempo viajaram juntos em estradas diferentes convencidos de que o seu amor impossível tinha de ser escondido e reprimido. Viajar junto em estradas diferentes não é fácil. Durante anos, ninguém percebeu nada. O amor tornou-se turbulento e mal vivido. Faltava pouco para que ele chegasse à mesma estrada. Aí talvez pudessem gozar de todo aquele amor. A estrada dela, tinha uma curva mais apertada. Ela não a conseguiu negociar. Aquele amor ficou adiado…até à eternidade.
Publicada por Dead Man 1 à(s) 11:21 0 comentários
Porque a dor não passa aprende-se a viver com ela...Suportar as cicatrizes
Apunhalado nas costas pela tua morte
Nao sobra nada
Estou vazio por dentro
Perdi o meu coracao a minha alma e nem o meu orgulho sobrou
Eu dava a minha vida para simplesmente voltar com o relogio atras se pelo menos o conseguisse fazer para uns instante antes...
Estou-me a tornar a Morte
Como posso dizer o que nao pode ser dito
Desejar ser uno com o aroma da morte
Banhar-me para sempre em lagrimas que nos vertemos
Se é o meu criador que vou conhecer...vou implorar-lhe para me desfazer
Véu levantado dos meus olhos
Vejo-me pela primeira vez
Ando a sustentar as cicatrizes da tua ausência e morte
Sepultado profundamente em mim próprio , onde se esconde o meu inimigo
Isto é a chegada da raiva
Um vírus em mim
Eu uno-me aos meus demónios , tão desesperadamente ... onde estavas tu DEUS, quando ela mais precisou de ti...onde andas tu?? SUSTENTAR AS CICATRIZES...é só o que posso fazer agora
Publicada por Morteélibertação à(s) 13:03 0 comentários
Os Meninos do Comboio
S - A este falta um documento de filiação.
H – Mas no Atestado de Residência da Junta de Freguesia diz que ele é filho da sua mãe.
S – Isso não prova nada. Olhe neste o Atestado de Residência diz que vive em Portugal desde 1999 mas não diz o dia. Tem de ir pedir outro atestado de residência.
H – OK
S – E a este falta o dia no Atestado de Residência e falta a cópia dos contratos de trabalho dos pais.
H – Sim, deixe-me apontar …
S – Este você diz aqui que é renovação mas não é.
H – Ai é, é
S – Deixe-me explicar-lhe. O ano passado era cabo-verdeano, este ano tem BI, é cidadão nacional, logo não é uma revalidação.
H – Quer dizer, se eu o inscrevesse com a Autorização de Residência do ano passado …
S – Pois, mas assim vai precisar de …e posteriormente a Federação vai …
Alguém falou de integração? No desporto parece que não! Nem em muitos outros lugares.O comboio é um conjunto de prédios numa freguesia de Loures. Foi assim baptizado por se assemelhar de facto a um comboio. A sua disposição relativamente ao resto da povoação faz lembrar um comboio parado na Gare. Poderia muito bem ser o comboio da integração a chegar. Poderia …Mas não é. Os meninos do comboio são diferentes de facto. Nos hábitos, no tratamento que recebem, frequentemente na cor da pele, etc. E pagam bem cara essa diferença. Para praticar desporto têm de arranjar 2 ou 3 vezes mais documentos de que os outros, aqueles que andam na mesma escola, que não precisam. Têm de pagar por esses documentos um dinheiro que de todo não têm. Quando finalmente alguém os inscreve, custam 10 vezes mais que os outros. Que esperar dos meninos do comboio? Daqueles que gozam uns com os outros, porque Y não tem BI, Z não tem AR, W não tem passaporte. Na escola têm de ser iguais? Na verdade não têm. A mim parece-me que alguns meninos do comboio são cirurgicamente castigados na escola, de forma a que a esta se possa ver livre deles. O desporto devia funcionar como um mecanismo de integração, mas não funciona.Parece que afinal o comboio está de partida.
Publicada por Dead Man 1 à(s) 17:57 0 comentários